Cientistas tentam produzir energia a partir de algas marinhas; entenda – JtechNet telecom
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Microalgas já era usadas para essa finalidade e são mais fáceis de trabalhar, dizem pesquisadores chilenos

Da Reuters* , Santiago11/09/2024 às 11:16 | Atualizado 11/09/2024 às 12:47

Algas marinhas estão sendo usadas para produzir energia no Chile
Algas marinhas estão sendo usadas para produzir energia no Chile • Jose A. Bernat Bacete/Moment/Getty Images

Algas marinhas verdes e cheias de lodo flutuam em frascos, baldes e recipientes cheios de água nos laboratórios da Universidade de Santiago. Os cientistas na capital chilena estão tentando transformá-las em uma fonte eficiente de energia.

Seu campo de estudo é a biofotovoltaica, que utiliza um organismo fotossintético, como as algas marinhas, para converter luz em energia elétrica. Os cientistas espalham as algas sobre eletrodos em painéis biofotovoltaicos, semelhantes aos solares.

“As algas usam a luz para oxidar a água e, nesse processo, liberam elétrons”, disse o líder do projeto, Federico Tasca, acrescentando que esses elétrons podem ser captados em circuitos elétricos, com o oxigênio liberado no processo como um benefício adicional.

Projetos semelhantes já usaram microalgas, que são organismos unicelulares, enquanto as algas marinhas são macroalgas, ou organismos multicelulares, explicou Tasca.

“Macroalgas são mais resistentes, mais fáceis de trabalhar, mais fáceis de colher”, disse Tasca, reconhecendo que o processo ainda está longe de ser energeticamente eficiente. “É exatamente sobre isso que a investigação trata, melhorar a eficiência na produção de eletricidade”, afirmou.

As algas marinhas poderiam ser usadas em alguns casos onde alternativas não estivessem disponíveis. “É um bom sistema para alimentar uma lâmpada, para iluminar alguns LEDs”, disse.

As algas ainda são pouco pesquisadas, disse Alejandra Moenne, que chefia o departamento de biologia marinha da Universidade de Santiago.

“Sempre disse que as algas são como um baú de tesouros enterrado no mar. Elas estão cheias de genes e moléculas que ainda não conhecemos o suficiente, e que um dia até poderiam ser usadas para fins medicinais”, afirmou Moenne.

*Reportagem da Reuters TV com redação de Fabian Cambero e Kylie Madry e edição de Alexander Smith

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